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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagem e biografia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pai_Gomes_Charinho

 

PAAI GOMES CHARINHO

(  Portugal  )

 

Pai Gomes Charinho ou Paio Gomes Charinho foi um trovador e almirante galego, nascido em Pontevedra, descendente de uma família ilustre. Viveu no final do século XIII.

Nomeado Almirante do Mar por Afonso X de Leão e Castela, foi mais tarde destituído do cargo, como ele próprio confessou num serventês em que comparava o carácter inconstante do monarca à instabilidade do mar. A sua experiência marítima reflecte-se nas interessantes barcarolas que escreveu. Amigo de Sancho IV de Leão e Castela, contou sempre com a intervenção do filho e sucessor do monarca a seu favor.

A sua obra consta de vinte e oito poesias: dezenove cantigas de amor, seis cantigas de amigo, um serventês, uma cantiga de escárnio contra o trovador Afonso Lopes de Baião, e uma tenção, escrita provavelmente de parceria com o próprio rei Afonso X. Na sua poesia nota-se uma propensão para a melancolia e para a escolha de temas sentimentais, e a sua linguagem, mesmo nas tenções, não ultrapassa os limites do decoro, mas também não perde o seu teor mordaz.

Envolveu-se em conspirações que tiveram lugar à morte de Sancho IV. Foi assassinado em razão de causas políticas, sendo sepultado no convento Franciscano de Pontevedra.

No epitáfio acrescentado ao seu sepulcro em finais do século XV, escrito em castelhano, consta o nome de Payo Guomez Charino. Mas nos textos do próprio Pai Gomes aparecem diferentes nomes, como Pae Gomez Charinho, Paay Gomez Charinho, Pae Gomez ou Pay Gomez.

Era pai de Álvaro Pais Gomes Charinho.

 

 

VIEIRA, Yara Frateschi.   POESIA MEDIEVAL. LITERATURA PORTUGUESA.   São Paulo: Global, 1987.  208 p.  (Coleção literatura em perspectiva.  Série Portuguesa)        Ex. bibl. Antonio Miranda

 

        [14]  Quantos hoje andam eno mar aqui
cuidam que coita no mundo não há
se non de mar, nem ham outro mal já;
mas d´outra guisa contece hoje a mi:
coita d´amor me faz escaecer
e mui gram coita do mar, e teer

Pola maior coisa de quantas som,
coita d´amor, a quem na Deus quer dar.
E é gram coita mort´a do mar,
mas não é tal; e por esta razom
coita d´amor me faz escaecer
e mui gram coita do mar, e teer

Pola maior coita, per boã fe,
de quantas forom, nem som, nem seram.
E estes outros que amor non ham,
dizem que non; mas mais eu direi qual é:
coita d´amor me faz escaecer
a mui gram coita do mar, e teer

Por maior coita a que faz perder
coita do mar, que faz muitos morrer!#

CA 251 (CBN 1605)
                   

*

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Página publicada em abril de 2023

 

 

 
 
 
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